terça-feira, 30 de setembro de 2008

PRIMAVERA E BUGANVÍLIAS

O tempo pode até não passar, como falam alguns filósofos - segundo eles, o tempo se "temporaliza", que é seu modo próprio de ser tempo, só com maiores explicações mesmo... -, mas já faz um mês que não soltei nenhuma borboleta... Voltei às aulas, o tempo sumiu, que pena... Enfim, aqui estou!

Hoje gostaria de comemorar com vocês a chegada da primavera!!! Em Salvador é assim: quando chega a primavera, a gente sabe logo, já não faz mais aquele friozinho gostoso para dormir, tem que abrir a porta ou a janela para ventilar melhor, as mangas das camisas já se tornam supérfluas ou até desconfortáveis, finalmente acabaram ventanias e chuvaradas, chegou a primavera!!!


E meu encanto agora, depois das mangueiras de Agosto, são as buganvílias, que com certeza têm um, ou vários, nomes mais populares, mas confesso que não os conheço...

Aliás, não os conhecia mas agora já fui e já voltei e trago da mina de informações chamada google um pequeno parágrafo educativo:

De origem brasileira, a primavera (Bougainvillea spectabilis, Bougainvillea glabra) - também conhecida como buganvília, ceboleiro, três-marias ou flor-de-papel - é uma espécie rústica, que exige poucos cuidados. Seu nome foi dado em homenagem ao francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em nosso país, por volta de 1790, e a levou para a Europa, onde ela se tornou famosa e se difundiu para o resto do mundo.

Até parece que foi o francês que a criou, para dar-lhe seu nome... Esses franceses não são fáceis...
Apesar de não saber o que significa "spectabilis" em latim, me veio agora de gostar de pensar que seja "espetacular", pois é realmente um espetáculo que enche meus olhos e meu ser de beleza e contentamento quando, de repente, avisto uma dessas!!!

Chega de suspense, lá vai um exemplar da tal "bugainvillea spectabilis".



Nessa foto, que tem toda a cara de casa portuguesa, a buganvília é das comportadas mas está tão exatamente no auge de sua escandalosa fartura que não pude resistir!

Tampouco resisti a esta, quase igual, até parece a mesma casa portuguesa!!! Tão charmosa!!!

Mais uma, mais comportada ainda, coitadinha, tesourada para fazer as vezes de cerca viva pois a buganvília tem espinhos ferozes! Mas o bom dessa foto é que dá para ver as várias cores que existem, todas lindas!


Lá vem a última das comportadas, civilizadas, enfeitando uma casa, mas ela já está com o pé na turma das malucas, das selvagens, das indomadas, das escandalosas, espalhafatosas, maravilhosas!!!

Essas que são as que mais forte e profundamente me emocionam: mais se assemelham a um misto de fogo de artifício com cachoeira pois tanto se lançam para o céu com todo o viço como em seguida pendem para o chão como cascatas de vida colorida!!! E tão fartas, tão fortes, tão majestosas, tão imponentes, tão vivas enfim!!! Ai, que prazer que dá deparar-se com uma beleza dessas nas ruas da cidade!!!


A Waldemar Falcão, que estou usando esses dias, está cheia dessas obras-primas, a estrada de São Lázaro tem belíssimos exemplares, a Garibaldi também!

Então, olho vivo, aberto para a emoção!!!


Deixei essa buganvília gigante, fenomenal, para o "gran finale", para fechar com chave de ouro nosso passeio primaveril, e, voltando à filosofia, se o mundo e tudo que há nele são meros frutos do acaso, que acaso mais fascinante!!! A gente até entende que alguns tenham desejado dar-lhe nome peculiar, e o tenham chamado de divino ou de sagrado!!!



Bela primavera para todos,!!! Todos nós e todos que não são nós!!!

Um comentário:

Iêda Marques disse...

Oi irmãzinha querida, saudades! Preciso de tempo, internet próxima para sempre olhar o seu blog e deixar um comentário. Sou apaixonada por buganvilias, parabéns por elas e pelo blog!
A Chapada está em chamas e o desespero da seca se instala.
Grande abraço. Iêda