sexta-feira, 3 de abril de 2009

DEPRESSÃO...

Se a depressão acometesse uma pessoa ou outra, raras, poderíamos dizer que é um problema puramente pessoal, psicológico puro, por assim dizer, mas não é o caso...

Se a depressão atingisse apenas mulheres, ou apenas homens, apenas jovens, ou apenas velhos, apenas pessoas morando em cidades, ou apenas quem mora no campo, apenas os financeiramente abastados, ou apenas os economicamente carentes, apenas pessoas do chamado primeiro mundo, ou apenas as do segundo ou do terceiro, poderíamos dizer que se trata de um problema de gênero, ou de faixa etária, ou socioeconômico, ou regional, mas não é o caso...

A depressão hoje atravessa todos esses grupos que acabamos de citar, ela varre o mundo, de norte a sul e de oeste a leste, cobre gêneros, idades, classes sociais, regiões geográficas, não poupa ninguém...

Por isso temos que pensar hoje a depressão em termos de mal estar mundial.

Temos que pensar em que raios estará faltando neste nosso mundial modelo contemporâneo de vida que esvazia de sentido a existência humana.

Esta é uma tarefa premente e desafiadora.

Esta é uma tarefa de pensadores.

5 comentários:

Nilson disse...

É verdade. E a outra face é uma espécie de euforia workaholic, consumista, né não?

Anônimo disse...

Hmm, se me permite opinar.
Creio que é algo relacionado ao tempo, as coisas passam rápido de mais e não temos tempo de viver algo bom, ou ruim, nem de ficar tristes ou felizes, as coisas passam muito rápido. E tudo e todos incentivam essa velocidade, se passamos o pôr do sol no porto da barra, acaba ali, a sensação deve morrer assim que ele some, acabamos por jogar pra dentro milhares de sensações, pensamentos, reflexões que vão se acumulando até o corpo ficar confuso e não saber mais se quer ser feliz, ou triste, ou viver ou partir pra outra. Olhem nossas crianças, eles não têm tempo de se apegar aos pais porque já querem ser rebeldes, e não têm tempo de ser rebeldes porque já querem ser responsáveis. Essas coisas são estranhas e eu ainda não tenho uma resposta... :/

Abraços.

Christine disse...

Nilson, sim, tem este outro lado, agitado, correndo para não se sabe onde, e nisso, a gente encontra com o comentário de Darlan, sobre o descompasso entre nosso ritmo íntimo -o ritmo do mundo- e o rítmo que impusemos às coisas e a nós mesmos, este tempo louco que não dá para saborear nada, tudo correndo, tudo antes da hora, tudo apressado... Eu queria tanto achar uma alternativa... À ausência de sentido e à correria... Vamos procurar?

Anônimo disse...

Sure!

Nilson disse...

Vamos, sim! Os hippies foram os últimos a tentar de verdade e deram em nada. Hoje tem aquele negócio de vida simples, aquela revista, que trata o tema de um jeito, a meu ver, meio ... apressado. Vamos pensar em alternativas!!